A QUÍMICA NA COZINHA!
Nada como uma comida saudável
nesses dias de muito calor! O peixe é uma opção de fácil digestão e que
proporciona vários benefícios ao homem, tais como a prevenção de doenças cardiovasculares, a melhora
da memória e da concentração, é fonte de aminoácidos essenciais que não são
produzidos pelo organismo entre outros. Mas quando se fala em peixe logo vem à
cabeça aquele odor desagradável que fica impregnado nas mãos de quem o prepara.
Como retirar o cheiro de peixe das mãos? Usando vinagre!!!! Mas antes de
falarmos sobre o “truque” culinário que elimina o cheiro de peixe é interessante conhecer,
quimicamente, as substâncias responsáveis por esse odor característico.
As substâncias responsáveis pelo
odor de peixe pertencem à função orgânica chamada amina, que apresenta caráter
básico semelhante à amônia (NH3). Uma dessas aminas é a metilamina
(CH3 – NH2) que em presença de água sofre ionização formando
o íon hidroxila:
CH3
– NH2 + H – OH ↔ CH3 – NH3+ + OH –
hidroxila
Ao colocarmos o vinagre, também
em presença de água, o ácido acético (CH3 – COOH), principal substância
constituinte desse composto sofre ionização formando o íon hidrônio:
CH3
– COOH + H – OH ↔ CH3 – COO- + H3O+
hidrônio
O íon hidrônio reage com o íon
hidroxila formando água e produzindo um desequilíbrio na reação de ionização da metilamina. Segundo o
Princípio de Le Châtelier os sistemas em equilíbrio ao sofrerem uma perturbação
tendem a compensar a modificação imposta. Logo, quando a hidroxila é consumida
na formação das moléculas de água a reação se desloca no sentido de formação
desses íons, diminuindo a quantidade de metilamina que será totalmente utilizada até
neutralizar o cheiro de peixe das mãos.
Referências:
ANTUNES, Murilo Miranda. (ed). Ser Protagonista Química , 2. ed. São Paulo: Edições SM. 2013
CISCATO, C. A. M; PEREIRA, L. F. Planeta Química. 1. Ed. São Paulo:
Editora Ática. 2008
SILVA, Vìtor de A. S; BENITE,
Anna M. C, SOARES, M. H. F.B. Algo Aqui
Não Cheira Bem...A Química do Mau Cheiro . QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. Vol.33,
Nº1, Fevereiro de 2011
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